Voltar Publicada em 26/09/2017

Em Ji-Paraná, PM e PC prende estelionatário que agia em todo Estado e descobre “escritório do crime” do ramo de falsificações - VIDEO


 

 

Após dois meses de intensa investigação, Policiais Civis do DERF com apoio de Policiais Militares, desmantelaram uma rede de falsificação onde o material era usado por estelionatários de todo o Estado. Além de vários carimbos de empresas e autoridades, o falsário possuía ainda folhas de cheque em branco e etiquetas do Cartório de Notas de Ji-Paraná.


 

O “escritório do crime”, como Edson chamava, funcionava em um quarto de pousada alugado há cerca de dois meses, no bairro Nova Brasília, 2º Distrito de Ji-Paraná.

 

O estelionatário Edson Soares dos Reis, de 48 anos, foi candidato a vereador em Ji-Paraná no ano de 2012, chegando a conseguir o quantitativo de 360 votos. Há registros de ocorrências em seu desfavor pelo crime de Estelionato desde 2010.  

 

Além de centenas de materiais de falsificações e documentos de vítimas, os policiais também encontraram uma arma de fogo, tipo revólver, municiado e farta munição. Também foram apreendidos um notebook e uma impressora, que eram usados para a fabricação do material ilícito.

 

Em meio as dezenas de habilitações encontradas em poder de Edson, a equipe localizou a CNH que pertencia a um outro estelionatário, identificado como Aluízio Evangelista Oliveira, morto à golpes de marreta no começo do ano na cidade de Vilhena. Clique no título abaixo e rejeva a matéria:

 

Notícia publicada em 01/03/2017 - 09:08:00  - Cadáver encontrado com sinais de violência é identificado e será transladado para Ji-Paraná

 

 

GOLPES


Com um poder de persuasão muito grande, Edson escolhia seu alvo e o estudava por vários dias. De posse de informações privilegiadas, o estelionatário iniciava seu golpe que, em alguns casos, teve a duração contínua de mais de dois anos recebendo mensalidades.

 

Entre as centenas de golpes que Edson aplicou, ele acabou ficando muito conhecido no meio policial quando se passou por um desembargador para comprar um imóvel com cheques clonados.

 


 

 

FAMÍLIA VÍTIMA FICOU SEM TETO

 

Ao saber da prisão do estelionatário, uma família compareceu na UNISP relatando que a cerca de dois anos e meio estava devendo várias prestações habitacionais para a Caixa Econômica, já em risco de perder o imóvel. Então, Edson e seu comparsa, José Leite de Aquino, vulgo “Zé Malária”, também morto em 2016 na cidade de Ji-Paraná, chegou na casa e se apresentou como advogado. De terno e gravata, Edson falou que comprou a casa em um Leilão da Caixa e que estava ali para abrir uma negociação.

 

Edson e seu comparsa pediu uma entrada de R$ 5 mil reais e centenas de parcelas de R$ 500,00. Com medo de perder a casa, o patriarca da família aceitou a proposta e vendeu o único meio de transporte para quitar a primeira parcela. Desde então, a vítima efetuava o pagamento mensal de R$ 500 reais.

 

 

 

A farsa só acabou quando o Oficial de Justiça compareceu na residência com o aviso de despejo. Sem ter para onde ir, a vítima pediu ajuda para amigos e alugou uma pequena casa, onde vive até hoje com a esposa e duas crianças.     

 

Assista ao emocionante depoimento da vítima:


 

 

A Polícia pede a quem foi vítima deste estelionatário, comparecer na UNISP de Ji-Paraná para reconhecimento.

 

 

Matéria:www.comando190.com.br