Na manhã desta terça-feira, dia 18, o 2º Batalhão de Polícia Militar com apoio da COE (Companhia de Operações Especiais), cumpriram um mandado de reintegração de posse da fazenda Santa Aline, invadida pela LCP (Liga dos Camponeses Pobres) no dia 14 de abril de 2016. Além da Polícia Militar, também participaram da Operação Polícia Civil, NOA (Núcleo de Operações Aéreas), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Conselho Tutelar de Ji-Paraná e representantes da Ouvidoria Agrária.
Durante cerca de 05 horas de tentativas de negociações, os invasores permaneceram irredutíveis e decidiram não sair da área invadida, mesmo sabendo que havia uma ordem judicial para a reintegração de posse ao seu legítimo dono e uma ação de “Interdito Proibitório”, expedido pela 4ª Vara Cível, em Ji-Paraná, proibindo a permanência de pessoas naquelas terras.
Diante das várias tentativas de negociação amigável e pacífica, o grupo de aproximadamente 30 pessoas se tornaram cada vez mais hostis e começaram a investir contra os Policiais Militar, jogando pedras, rojões e até coquetéis “molotov”. Em seguida, começaram a incendiar as entradas do acampamento, colocando em risco a própria vida e a de várias crianças e mulheres que integravam o grupo.
Por volta das 15h00, Policiais Militares do Pelotão de Choque do 2º BPM e COE, interviram usando a força moderada para cumprir a ordem judicial lançando munição química não letal próximo ao grupo. Nesta ação, nenhuma arma letal foi usada e ninguém saiu ferido.
Todos os acampados foram conduzidos para a delegacia de polícia, onde foram qualificados e encaminhados para a assistência social. Alguns, terminaram presos pelos crimes durante o cumprimento da ordem judicial.
Neste momento, Guarnições de Patrulhamento Rural patrulham toda a extensão da Linha e qualquer um dos invasores que for abordado a pelo menos 30 KM da fazenda, será preso em flagrante por desobediência à ordem judicial.
Nestes seis meses de invasão, a Polícia Militar e Oficiais de Justiça tentaram uma negociação para a retirada pacífica, mas todos os meios foram esgotados sem êxito. Em algumas das tentativas de diálogos, invasores foram flagrados utilizando até arco e flecha para ameaçar a Polícia.
Devido ao fogo iniciado pelos próprios sem-terras, as chamas se propagaram rápido e acabaram incendiando a grande maioria dos barracos existentes no acampamento. O Corpo de Bombeiros tentou apagar o incêndio com um caminhão “ATF”, porém o fogo estava alto demais. A Polícia ainda agiu rápido e conseguiu salvar 09 motos.
Dentro do acampamento, os Policiais encontraram uma escola improvisado com cartazes pintadas por crianças incitando a revolução agrária e como reagir contra a Polícia em casos de reintegrações.
PREJUÍZOS E DANOS À NATUREZA
Depois que a Fazenda Santa Aline, localizada na Linha 206, no Km 35, na zona rural de Ji-Paraná, foi invadida por cerca de 250 famílias que se intitularam pertencer a LCP, vários crimes ambientais foram registrados dentro da reserva da fazenda. Durante os dias de invasão, várias casas, trator e motocicletas de funcionários foram queimadas, 15 bovinos foram mortos e deixados apodrecendo nos pastos e mais 25 animais tiveram que ser sacrificados. Além de destruir centenas de lascas para cerca e mais de 2 mil metros de cercas já prontas.
Segundo o administrador do Grupo Amaralina, o prejuízo ultrapassa a casa dos 10 milhões de reais.