Voltar Publicada em 12/08/2021

Marcos Rogério apresenta dados sobre automedicação no Brasil e derruba tese da oposição sobre uso da ivermectina


O vice-líder do Governo no Congresso, senador Marcos Rogério (DEM-RO), disse, nesta quarta-feira (11.8), durante a oitiva de Jailton Batista, diretor-superintendente da Vitamedic, que membros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid tentam, a todo custo, responsabilizar o presidente da República a incitar a automedicação contra a Covid quando, na verdade, essa é uma prática comum no Brasil desde antes da Pandemia.

Durante sua fala, Marcos Rogério citou pesquisa do Conselho Federal de Farmácia, realizada pelo Datafolha, em 2019, – portanto, antes da pandemia -, que mostrou que a automedicação é um hábito entre os brasileiros. Segundo o estudo, 77% dos entrevistados assumiram fazer uso de automedicação, 47% disseram se automedicar pelo menos uma vez ao mês e 25% afirmaram fazer uso, todo dia ou uma vez por semana, da automedicação. “Não estou dizendo que isso é certo. Sou contra a automedicação, não acho adequado, mas essa CPI quer, a todo custo, criar narrativas para responsabilizar o presidente da República, sendo que a prática era uma realidade no país, mesmo antes da pandemia. Não é um fenômeno decorrente da crise sanitária causada pela Covid”, destacou.

Marcos Rogério criticou ainda a tentativa da oposição de criminalizar, inclusive, a autonomia da classe médica de poder prescrever o que acha melhor para seu paciente. Ele lembrou que muitos medicamentos, cuja bula não consta tratar tal doença, são prescritos porque o médico, que estudou para isso, sabe que é eficaz. “É direito do médico exercer plenamente sua função, orientando seu paciente. Agora, por causa da pandemia, muitos estão sendo constrangidos, com indicação de determinados fármacos. O tema virou política, não ciência. Vamos convocar os médicos na CPI para passar pelo crivo da Comissão?”, questionou o senador.

Ainda de acordo com parlamentar, se não bastasse não querer investigar a fundo os fatos, como, por exemplo, desvios no Consórcio Nordeste e a corrupção com dinheiro público em estados e municípios, a CPI tem apenas um alvo: culpar o presidente da República por toda crise provocada pela pandemia. “Vamos criminalizar governadores e prefeitos que solicitaram o tratamento precoce, porque a população pedia e eles deram essa resposta? Vamos trazer todos aqui e dar a eles a chancela de ‘culpados’? Não. É só o presidente da República”, destacou o vice-líder do Governo.

 

Fonte: Assessoria