Líderes da LCP são condenados por homicídios pelo tribunal do júri em São Miguel do Guaporé/RO
Na tarde desta terça-feira (24), após um julgamento que durou dois dias, o Conselho de Sentença da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de São Miguel do Guaporé/RO, condenou os réus Claudeir Cleres Barros, vulgo “Polaquiho” e Leonardo de Souza Silva, vulgo “Coringa”, às penas de 33 e 24 anos de prisão, respectivamente, pelos crimes de Homicídio Qualificado consumado e Homicídio Qualificado tentado, fatos ocorridos no dia 22/07/2018, no município de Seringueiras/RO.
Relembre o caso
No 22/07/2018, por volta das 14h, a vítima Ismauro Fátimo dos Santos, vulgo “Paraná”, retornava para o acampamento da Fazenda Bom Futuro, em seu veículo Pálio, juntamente com uma filha menor de idade e mais duas pessoas, sendo que após saírem da BR 429 e trafegarem cerca de 500 metros pela linha 14, foram acompanhados por dois indivíduos em uma motocicleta, ocasião em que o carona efetuou vários disparos de arma de fogo contra o veículo da vítima, que atingiram ISMAURO e sua filha, tendo aquele vindo a óbito ainda no local dos fatos, ao passo que sua filha foi encaminhada para o Hospital Regional de Cacoal em estado gravíssimo. Após o crime os suspeitos evadiram-se pela linha 14, sentido Fazenda Bom Futuro (acampamento Enilson Ribeiro).
Segundo apurado pela polícia civil, Claudeir era um dos Líderes da LCP no Acampamento Enilson Ribeiro em Seringueiras, e na época do crime, estaria à frente de uma extração ilegal de madeiras no interior do acampamento, tendo resolvido dar cabo à vida vítima após esta ter se insurgido contra suas práticas ilícitas, que, na visão da vítima, poderia comprometer o movimento social e prejudicar a maioria dos acampados. Já Leonardo era aliado de Claudeir, agindo como seu braço armado, e teria sido a pessoa que efetuara os disparos.
Os réus já tinham sido presos preventivamente durante a fase de investigação, na época Claudeir foi preso em São Miguel do Guaporé, ao passo que Leonardo foi preso no Estado do Espírito Santo, após ter fugido.
O julgamento durou dois dias, (23 e 24), tendo sido ouvidas mais de 20 testemunhas e contou com cinco advogados na banca de defesa.
Fonte: www.rotacomando.com.br
