O advogado Isac Neres Ferreira dos Santos, que acusa policiais militares do trânsito, de agressões durante a madrugada da sexta-feira (24), já teria se envolvido em um grave fato em 2011, dentro de uma delegacia de Ariquemes.
À época ele era policial civil e matou com quatro tiros, o funcionário do Ibama Francisco Paiva. O crime aconteceu por volta das 4 horas da manhã dentro da Delegacia de Polícia da cidade.
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Segundo o que apurou o Rondôniavip, Isac teria sido espancado por Francisco momentos antes do homicídio. A briga teria sido causada por uma bebedeira e teve como motivo a disputa por uma mulher.
Os dois foram levados para a delegacia por policiais militares. Isac, então policial, foi ao carro, pegou uma arma e disparou quatro vezes a queima roupa no funcionário do Ibama.
Isac foi absolvido meses depois, em linhas gerais, por ter agido sob forte emoção e por ter defendido a honra, já que foi espancado pela vítima assassinada.
Mesmo assim, após uma sindicância da Polícia Civil, ele perdeu o cargo de agente de Polícia Civil. Estudou Direito, conseguiu registro na OAB e é advogado há alguns anos.
Entenda o caso
Durante blitz da Lei Seca, realizada na Avenida Amazonas com a Rua Daniela, na madrugada desta sexta-feira (24), Isac Neres Ferreira dos Santos denuncia que foi agredido por policiais militares do trânsito em Porto Velho e socorrido com várias lesões no rosto e pelo corpo ao Pronto Socorro João Paulo II.
Ele estava com a esposa e um irmão, cabo da Polícia Militar, e ia de carona no veículo, que parou a alguns metros da blitz. Ao descer do carro foi abordado por PMs e se identificou, avisando que ia conversar com o cliente. O advogado foi questionado sobre a CNH e os soldados exigiam que ele realizasse o teste do bafômetro. Como se negou a confusão teve início.
No boletim de ocorrência, os militares alegaram que pediram documentação para a motorista do veículo e foram agredidos verbalmente pelo advogado que empurrou uma policial feminina, “partindo para luta corporal com essa guarnição”. Sobre as agressões, os militares narram que usaram força moderada e técnicas de imobilização para contornar a situação.
Matéria: RondoniaVip