Voltar Publicada em 08/10/2019

CÁTEDRA: Operação em Cacoal prende 9 pessoas por tráfico e agiotagem


Nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (8), a Polícia Civil, por meio do seu Núcleo de Repressão às Ações Criminosas Organizadas do Interior (DRACO 2), com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE/PCRO) e o Núcleo de Inteligência da Polícia Militar (Cacoal e São Miguel do Guaporé), deflagrou operação policial para cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão nas cidades de Cacoal, São Miguel do Guaporé e Presidente Médici. 


A operação visa coletar provas dos crimes de tráfico de drogas, financiamento ao tráfico, lavagem de capitais, usura e extorsão (agiotagem) e organização criminosa. A ação contou com 40 policiais civis, entre Delegados, Agentes e Escrivães das unidades de Ouro Preto do Oeste, São Miguel do Guaporé, Alvorada do Oeste e Pimenta Bueno, além da DRACO 2 e CORE/PC, os quais cumpriram nove mandados de prisão temporária e 11 mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo juízo da 2ª Vara Criminal da comarca de Cacoal. Dentre os alvos da operação constam um advogado e um policial civil.


De acordo com os delegados que coordenam a ação, as investigações indicam a existência de uma organização criminosa sediada em Cacoal, voltada ao tráfico interestadual de drogas e à prática de usura e extorsão (agiotagem), com a consequente lavagem de dinheiro obtido pelos crimes. Informam que a organização conta com uma célula destinada à comercialização de drogas e outra voltada ao financiamento do crime e da prática de agiotagem.


As investigações indicam que a quadrilha “lava o dinheiro” obtido com o tráfico e o emprega em ações de agiotagem para potencializar seus lucros, e de forma inversa, utiliza o lucro da agiotagem para refinanciar o tráfico. Os delegados classificam esse ciclo como “lavagem em cadeia”.


Uma grande quantidade de drogas foi apreendida recentemente pelo NI da Polícia Militar de Cacoal, droga que seria do grupo em questão, o que permitiu uma melhor confirmação de materialidade em relação às atividades dessa ORCRIM.


Com a ação de hoje, os investigadores acreditam que conseguiram produzir provas contundentes da prática desses delitos e ainda resguardar a conclusão das investigações com a prisão dos envolvidos. Durante a operação também foi apreendida considerável quantidade de droga do tipo maconha, havendo consequente prisão em flagrante.

 

O NOME DA OPERAÇÃO

 

O nome da operação fora escolhido em razão da origem da organização criminosa, pois os integrantes de maior responsabilidade no grupo seriam amigos desde a época em que cursavam Direito juntos em uma instituição de ensino da região, daí o nome  da ação, que remete a atividade de ensino, ao ambiente e coleguismo universitário no qual os investigados se conheceram e se organizaram com intuito criminoso.

 

 

Fonte:Giliane Perin